sexta-feira, 19 de junho de 2009

Argilaterapia: menos toxinas e mais vitalidade

Ao lado das plantas e da água, a terra tem sido desde a antiguidade um dos elementos da natureza mais utilizados para fins terapêuticos e também estéticos. Entre os povos de regiões quentes da China, Índia, Egito e América do Sul era comum praticar-se a geofagia – comer a terra – com o objetivo de combater a prisão de ventre, bem como prevenir qualquer tipo de problema do sistema digestivo.

Médicos, cientistas e filósofos antigos como Avicena, Aristóteles, Mahatma Ghandi já descreviam as propriedades curativas da argila. Assim como eles, Hipócrates, médico grego considerado o “pai da medicina”, utilizava e ensinava a seus discípulos o uso medicinal da argila.
Segundo a psicóloga mineira, Giovanna Lamaita que dá cursos em todo o país, e recentemente esteve em Natal, os tratamentos com argila podem ser feitos internamente e externamente.
Internamente o uso é feito via água argilosa, cápsula ou drágea de argila. Externamente são efetuados vários tipos de tratamento, dependendo da área a ser tratada e do tipo de adoecimento, como por exemplo: banhos, compressas, cataplasmas, umectação e outros.

“Quando se faz um tratamento interno é imprescindível que a argila seja de ótima procedência e que, de preferência, tenha sido submetida a testes laboratoriais que garantam a inexistência de bactérias patogênicas e se tratar de material confiável no que diz respeito à sua composição química”, alerta a psicóloga.

Nos tratamentos externos, esclarece, é importante também saber qual a temperatura ideal que a argila deve estar (fria ou quente), também em função do tipo de adoecimento e do local a ser aplicado. Entre os benefícios dos tratamentos com argila podemos ressaltar a desintoxicação geral do organismo e consequentemente o aumento da vitalidade.

“O tratamento com argila também proporciona o alívio rápido de dores provenientes de contusões, queimaduras, inflamações”, aponta a psicóloga. A argila pode auxiliar muito no tratamento de adoecimentos como artrite, hepatite, gastrite, sinusite, enfim, todos os casos onde há inflamação são beneficiados pelo uso da argila, pois esta tem a propriedade muito forte de absorção de toxinas e calor, aliviando os processos inflamatórios.

Em casos de cólicas renais, alivia a dor e estimula o organismo a expelir as pedras que estão já em processo de saída do corpo. “Particularmente, já acompanhei casos onde após uma aplicação de argila as pacientes tiveram a pedra expelida”, diz Giovanna Lamaita. Na antiguidade, médicos egípcios utilizavam a argila internamente no tratamento de inflamações e ulcerações. Em outras situações também a lama quente proveniente do Rio Nilo para o tratamento de problemas reumáticos.


BATE-PAPO

Como a argila atua?
A argila, por possuir partículas microscópicas, tem um elevado poder de absorção de toxinas e calor. Além disso, por possuir elementos químicos semelhantes aos do nosso corpo (silício, alumínio, cálcio, ferro, potássio e magnésio,entre outras) tem propriedades antiinflamatórias, cicatrizantes e desintoxicantes.

Como se faz um tratamento com argila?
Os tratamentos podem ser feitos tanto por via interna (na forma de cápsulas de argila ou água argilada) quanto por via externa, na forma de banhos, cataplasmas, compressas etc.
É uma terapêutica muito eficaz em casos de inflamações, cólicas, gastrite, úlcera, reumatismo, contusões, queimaduras bem como na prevenção e manutenção da saúde, além de ser muito utilizada na estética de forma geral.

É uma alternativa eficaz de cura?
Certamente. A terra está viva e possui toda a memória do universo, assim como nossos ossos e nossas células. O contato com a Mãe-Terra facilita, portanto, o acesso a nossas próprias memórias, conduzindo-nos a uma transformação e cura em todos os níveis. E é através deste conhecimento que a Argilaterapia ressurge, nos tempos atuais, como uma alternativa de cura do corpo e da alma.

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